Homenageados
silas figueiredo - homenageado 2017
O 1º Festival Nacional de Teatro de Passos teve como homenageado o grande artista Silas Figueiredo. É reconhecido como uma das principais figuras da cidade. Ajudou na evolução de Passos e trouxe muita arte e cultura aos cidadãos.
Nascido na cidade de Boa Esperança (MG), no dia 23 de fevereiro de 1949, Silas Roberto Figueiredo veio para Passos com sete anos de idade, em 1956, junto com sua família, onde era o sexto filho de sete. Em entrevista dada à aluna do curso de Jornalismo da UEMG – Unidade Passos, Júlia Moraes, seus irmãos Salvador Marinho Figueiredo, 72 anos e Stanley Jones Figueiredo, 74 anos.
Salvador mostrou parte das coisas que Silas deixou: fotos, roteiros, gravações, recortes de jornal. O irmão guarda e organiza tudo relacionado ao irmão. Em sua casa, há uma grande quantidade de álbuns e documentos contendo informações e lembranças do ator, cada um deles extremamente significantes para a sua memória.
É enorme a contribuição de Silas Figueiredo para a cidade de Passos, é preciso relembrar a sua história, para que se possa entender ao menos um pouco do que ele realizou. Quando jovem, participava de muitas atividades estudantis, além da organização de bailes, desfiles, carnavais e outras atividades de conteúdo artístico e cultural. Segundo Salvador, Silas gostava e participava de todo e qualquer evento da cidade.
Outro irmão de Silas também falou sobre ele. É o comerciante Stanley. Ele conta que no teatro passense, Silas atuou e participou da direção desde 1970, e fez bastante teatro em Passos.
“O Silas fazia teatro amador, ele nunca foi profissional. Ele se dedicou muito ao teatro em Passos, fazia fora também, ele ia a cidades que tinham teatro de outras maneiras.”
Ao falar do irmão, Stanley fica levemente emocionado, com dificuldade em encontrar palavras, diz que ele “Tinha que ter vivido muito mais. Morreu de uma maneira que deixou a gente muito chocado, né? Foi assassinado. Em 13 de setembro de 2002 faleceu, vítima de um trágico assassinato”, disse Stanley.
O Teatro Rotary permaneceu e foi cuidado por Silas por muito tempo. “Ele começou a fazer teatro, a aprender, como um autodidata. Ele trabalhou muito também para que o teatro existisse aqui em Passos, tirava dinheiro dele mesmo para fazer com que o teatro Rotary funcionasse, teve uma época em que o teatro ficou muito estragado, o Silas trabalhou para poder reorganizar o teatro”, afirma o irmão mais velho de Silas.
Apesar de ter morrido jovem, é impressionante a quantidade de coisas que alcançou, viajou por cinco continentes, além de ter sido ator, professor, diretor, membro da Prefeitura Municipal de Passos e organizador de diversos eventos, responsável por cativar muitas pessoas. Salvador relata que “a pessoa conhecia e conversava com ele uma vez, e ficava apaixonada pelas coisas que ele falava, o jeito que ele conversava sobre tudo.”
O ato de homenagear uma pessoa como ele, um ator consagrado e de personalidade única e cativante, tão significativo para a história da cidade, é valorizar a memória e a enaltecer de forma adequada para que os jovens dessa geração possam ter acesso a tudo isso.
antônio teodoro grilo - homenageado 2018
O passense Antônio Theodoro Grilo tem graduação em História pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Guaxupé (1967) e mestrado em Antropologia pela Organização Educacional Barão de Mauá (1977). Doutor em História pela Unesp de Franca (2009).
Atualmente é coordenador de pesquisas da Sociedade Amigos de Jacuí e foi professor da Fundação de Ensino Superior de Passos. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Cultura Brasileira e Cultura Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: história do legislativo passense, escravismo, faisqueira passense, antigos aspectos urbanísticos de passos e direito de escravo.